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“Se você não cria a narrativa, alguém vai criar por você!”

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Em 2024 tivemos eleições municipais muito mais conectadas com as tendências e estratégias de comunicação. A democratização digital permitiu que isto pudesse ser aplicado nos grandes centros, mas também nos menores municípios do país.

Cada candidato contou, ou deveria ter contado, a sua história. Construiu sua imagem e desenhou a forma como gostaria que as pessoas lhe compreendessem. Venceu quem teve maior sucesso nesta jornada.

O erro mais fatal, que a maioria dos eleitos cometem, é se esquecerem completamente de darem sequência a persona criada durante o processo eleitoral. O eleitor acreditou na história contada. Confiou na forma como as propostas e compromissos foram apresentados, e de repente, tudo aquilo se transforma em um dia a dia completamente diferente.

Candidatos acessíveis, se tornam políticos de difícil contato. A agenda corrida apaga aos poucos toda imagem cuidadosamente elaborada. E é isto que separa histórias políticas de sucesso de pequenos voos de galinha.

O político, esteja ele com mandato ou não, precisa compreender definitivamente que não se faz mais campanha apenas em ano eleitoral. O eleitor, agora muito mais crítico e conectado, faz questão de uma interação de qualidade e diária. A estratégia de comunicação não pode mais ser terceirizada e o personagem principal um “fantoche”. Ele agora precisa ser parte da equipe. Saber lidar com as ferramentas, e estar completamente conectado com a estratégia.

A quebra de continuidade após uma campanha de sucesso abre espaço para que criem, pelo político, a história que ele deveria contar. E é aí que mora o início da decadência.

Se você não cria a narrativa, alguém vai criar por você!

Os problemas e desafios comuns a qualquer administração não podem apagar a esperança e confiança que a maioria dos eleitores depositou. Quais foram os compromissos firmados? Quando e como poderão ser resolvidos? Estabelecer uma relação de confiança só é possível através de uma comunicação clara e pragmática.

“Na campanha estava sempre sorrindo! Respondia a gente, e agora desapareceu.” Agir desta forma nos tempos atuais é cometer um verdadeiro suicídio eleitoral. Os avanços tecnológicos permitem que gestores tenham boas ferramentas para feedback. As equipes de comunicação precisam compreender a função de cada membro. A missão é trabalhar para que o gestor tenha sempre a imagem de um político atuante, atencioso, firme no objetivo de cumprir as propostas apresentadas na campanha, e principalmente, de ser presente e “gente como a gente”.

Ter sucesso político hoje depende da forma como se conecta com o cidadão. Diversas ações são necessárias para isto, mas uma pergunta pode ajudar o início desta construção. ”Como quero que as pessoas me vejam!?” A partir desta pergunta é refletir se prefere que esta imagem seja criada por seus opositores, ou da forma correta, por você.

Por Roberto Velasco, Publicitário e Especialista em Marketing Político e Comunicação Pública

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