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PRP mostra potencial para reduzir sintomas da menopausa pós-câncer de mama

Estudo aponta que o plasma rico em plaquetas (PRP) pode oferecer melhora significativa nos sintomas da síndrome geniturinária da menopausa em mulheres que não podem recorrer à reposição hormonal, como as sobreviventes de câncer de mama

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A menopausa é uma fase natural da vida da mulher, mas frequentemente acompanhada de sintomas que impactam o bem-estar físico, emocional e sexual. Entre os principais, destacam-se a secura vaginal, a perda de elasticidade dos tecidos, a incontinência urinária e as dificuldades na vida sexual.

A médica ginecologista Dra. Samantha Condé, presidente da Academia de Medicina do Rio de Janeiro e PHD pela Unicamp, destaca a pesquisa científica que teve como objetivo avaliar a segurança, viabilidade e eficácia da injeção de plasma rico em plaquetas (PRP) autólogo para o tratamento da síndrome geniturinária da menopausa (SGM) em mulheres sobreviventes de câncer de mama.

“Nos últimos anos, a área de saúde da mulher tem avançado no desenvolvimento de tratamentos inovadores e minimamente invasivos, que vêm transformando a qualidade de vida das mulheres nessa etapa. Trago esse estudo que pretendeu avaliar os efeitos do PRP (plasma rico em plaquetas) para mulheres sobreviventes de câncer de mama que sofriam de secura vaginal, com ou sem dor na relação sexual”, destaca.

Métodos

Foi realizado um estudo piloto prospectivo, de braço único, com 20 sobreviventes de câncer de mama (estágios 0-III) que sofriam de secura vaginal, com ou sem dor na relação sexual (dispareunia). As participantes receberam um tratamento único com 7 ml de PRP autólogo, injetado em 35 locais na vagina e na fourchette posterior. A segurança e a viabilidade foram os desfechos primários. Os desfechos secundários incluíram avaliações de saúde vaginal, função sexual e qualidade de vida, por meio de questionários e medições validadas.

Resultados

A idade média das participantes foi de 53,6 anos. O tratamento foi bem tolerado, com eventos adversos leves e transitórios, como spotting vaginal, irritação e dor leve, que se resolveram em 24 horas. Não ocorreram eventos adversos graves. Após seis meses, houve melhora significativa nos sintomas da SGM, na função sexual, nos sintomas urinários e na qualidade de vida. Além disso, 90% das pacientes apresentaram aumento no calibre vaginal e 95% relataram melhora dos sintomas.

Conclusão

O PRP, associado ao arsenal de terapias com laser e radiofrequência, abre caminho para um novo paradigma no cuidado à mulher na menopausa, especialmente àquelas que não podem utilizar hormônios, avalia a Dra Samantha Condé.

“Essas tecnologias minimamente invasivas demonstram resultados consistentes em segurança, viabilidade e eficácia, representando um avanço importante para a saúde íntima feminina e a qualidade de vida das pacientes. No entanto, o tratamento com PRP é um projeto piloto e merece maior embasamento com evidência científica”, destaca.

Outras terapias

Além do PRP, a ginecologista Dra. Samantha Condé, presidente da Academia de Medicina do Rio de Janeiro e PhD pela Unicamp, tem se dedicado ao estudo de outras terapias baseadas em energias aplicadas ao trato genital feminino:

  • Laser de CO₂ fracionado: foco do seu doutorado na Unicamp, demonstrou eficácia comparável a fisioterapia do assoalho pélvico no manejo da incontinência urinária de esforço e da síndrome geniturinária da menopausa, proporcionando regeneração tecidual, melhora da elasticidade e da lubrificação vaginal;
  • Radiofrequência não ablativa: estudada em protocolos clínicos da Dra. Condé, atua promovendo o aquecimento controlado do tecido, estimulando colágeno e melhorando sintomas de frouxidão vaginal, secura e dor sexual, também sem o uso de hormônios.

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