O Brasil enfrenta uma crise significativa com a chamada geração nem-nem, composta por jovens de 15 a 29 anos que nem estudam, nem trabalham. Em 2023, cerca de 22,3% dos jovens brasileiros estavam nessa situação em 2022, de acordo com o IBGE. Esse índice alarmante destaca a falta de oportunidades educacionais e profissionais, agravada pela rápida automação de empregos, que exige habilidades técnicas específicas e coloca populações vulneráveis em risco de exclusão.
Em Hortolândia, em parceria com a Fundação Itaú e Microsoft, está promovendo uma transformação com o Centro Cultural de Cidadania e Autonomia Digital. O projeto capacitará jovens e professores por meio de uma metodologia e plataforma próprias, abordando temas como inteligência artificial (IA), alfabetização digital, pensamento crítico e cidadania tecnológica.
“A automação, o excesso de informações e a exclusão tecnológica ampliam desigualdades e desmotivam milhares de jovens. Nosso objetivo é capacitá-los para que liderem mudanças em suas comunidades.”, afirma Alan Dantas, fundador da Edugital e conselheiro do Instituto Saber Social.
A crise da geração nem-nem e a automação
O Fórum Econômico Mundial estima que, até 2025, 83 milhões de empregos poderão ser eliminados, mas milhões de novas vagas surgirão. Contudo, sem acesso à educação e tecnologia, muitos jovens não terão as qualificações necessárias para essas oportunidades. Essa transformação, aliada ao excesso de informação, faz com que muitos se sintam desmotivados e sem direção.
Em cidades do interior como Hortolândia e Sumaré, as barreiras vão desde a falta de recursos nas escolas públicas até o acesso limitado à internet em comunidades vulneráveis. O projeto do Saber Social busca enfrentar esses desafios com:
Capacitação prática: cursos on-line e presenciais em programação e IA, marketing digital, cidadania digital e alfabetização midiática.
Inclusão digital: instalação de laboratórios de informática e uso de tecnologias acessíveis, como chatbots e plataformas adaptativas de aprendizado.
Formação para professores: metodologia própria e personalizada que integra tecnologia e pensamento crítico ao currículo escolar.
“Como jovem que cresceu em escola pública de Hortolândia, sei como oportunidades transformam vidas. Nosso projeto conecta tecnologia com cidadania para preparar comunidades inteiras para o futuro”, acrescenta Alan Dantas.
Tecnologia como ferramenta de inclusão
A iniciativa utiliza IA para personalizar o aprendizado e combater desigualdades:
Aprendizado personalizado guiado: professores treinados utilizam plataformas de IA e tecnologias Microsoft para adaptar conteúdos ao ritmo e estilo de aprendizado de cada aluno.
Combate à desinformação: cursos de alfabetização midiática ensinam participantes a identificar fake news e a agir como cidadãos informados.
Inclusão ampliada: a metodologia foi projetada para atender iniciantes, capacitando professores e estudantes para que alcancem um novo patamar técnico e crítico. Graças ao apoio da Fundação Itaú, a plataforma de aprendizagem integrada contará com tutoria em IA, relatórios personalizados e recomendações de conteúdo para professores e alunos.
Impacto local com relevância nacional
Além de atender às demandas regionais, o projeto contribui para metas nacionais e internacionais, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS):
ODS 4: educação inclusiva e de qualidade.
ODS 8: trabalho digno e crescimento econômico.
ODS 10: redução das desigualdades sociais e digitais.
Com um modelo escalável e sustentável, o projeto planeja expandir para Hortolândia e outras cidades após o sucesso inicial em Sumaré, tornando-se uma referência em políticas públicas de inclusão digital e educacional.
Convite à transformação
O Instituto Saber Social convida empresas, cidadãos e governos a contribuir de diversas maneiras.
Parcerias estratégicas: doações de equipamentos, patrocínio de cursos ou apoio logístico.
Voluntariado: mentoria e treinamentos para jovens e professores.
Doações financeiras: apoio para expandir o alcance do projeto.
Para mais informações sobre como participar desta e de outras iniciativas, acesse o site oficial do Instituto Saber Social:
“Estamos enfrentando problemas globais com soluções locais. Hortolândia e Sumaré serão modelos de como tecnologia e educação podem transformar comunidades inteiras”, conclui Pedro Piedade, presidente do Instituto Saber Social.