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Crise climática ameaça a saúde infantil e exige ação urgente

Pediatra orienta aos pais sobre cuidados com as crianças diante das alterações do clima, como identificar alertas e garantir o bem-estar. Medidas imediatas, em casa, podem ser muito eficazes

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Crise climática ameaça a saúde infantil e exige ação urgente

As mudanças climáticas já se tornaram uma preocupação em todo o mundo. As consequências das alterações, muitas vezes repentinas, na temperatura e no comportamento ambiental se estendem de forma alarmante à saúde das crianças. O pediatra Luiz Otávio Ladeira adverte sobre os cuidados com a saúde infantil diante dessas transições.  

Seja no outono ou no inverno, o tempo muito seco, o calor excessivo, queimadas ou ventos mais frios, o corpo precisa passar por adaptações rápidas. Assim, pode-se ter vários sintomas como nariz escorrendo ou entupido, tosses frequentes de madrugada ou outros indícios até na pele, que fica mais seca. 

Esses sinais não indicam, necessariamente, doenças, como explica o médico Luiz Ladeira. “No inverno os vírus se propagam com mais facilidade e esse pode ser um ponto de atenção. Mas vale lembrar que nem toda tosse é algo mais grave”, alerta. 

Para as crianças, a vulnerabilidade aumenta. “Nas escolas e creches, o cuidado deve ser dobrado, porque a cada semana aparece um novo tipo de vírus, desde mão-pé-boca, roséola, estomatite até os outros que causam febre e nariz entupido”, relata.

Quando algo novo acontece, seja um nariz entupido, escorrendo, tosses ou até mesmo uma febre baixa, antes mesmo de procurar ajuda, existem alguns cuidados, que podem auxiliar: manter o nariz limpo e hidratado, para que ele continue a filtrar, umidificar e aquecer o ar que seu filho respira e cuidar da hidratação com uma boa ingestão de líquidos. As medidas indicadas pelo médico são básicas e caseiras, porém muito importantes para ajudar o corpo no combate aos vírus e bactérias. 

Se os sintomas vierem acompanhados de sinais de alerta como respiração ofegante, criança gemente, prostrada, que não consegue mamar ou não consegue dormir, o pediatra aponta que: “ao perceber evoluções diferentes deve-se acionar um profissional de confiança ou procurar o pronto-socorro o mais rápido possível”. 

No fim, cada infecção viral será diferente da outra e das próximas que virão, como enfatiza Ladeira. E o que pode ser feito para ajudar nesses períodos? A depender do que está acontecendo e da idade da criança o médico orienta diferentes opções, desde homeopatia, óleos essenciais, mel com própolis, chás e xaropes caseiros, até mesmo os antialérgicos, corticóides nasais e outros medicamentos para aliviar os sintomas. “Tudo vai depender do diagnóstico e da intensidade dos sintomas, já que o caminho escolhido será uma decisão tomada junto do seu pediatra de confiança. Nunca sozinhos sem consultar um profissional experiente”, pondera. 

Ele ainda informa que o cuidado e atenção aos detalhes da saúde das crianças, é porque elas são especialmente vulneráveis a tantas mudanças climáticas e estão sempre em contato com um novo vírus ou bactéria e, dessa forma, o corpo precisa lutar contra eles. “Os efeitos diretos incluem o aumento das doenças respiratórias devido à poluição do ar e o agravamento de condições como asma. O aumento das temperaturas, por exemplo, também está associado a um maior risco de doenças transmitidas por vetores, como dengue e zika”, finaliza.

Sobre o Dr. Luiz Otávio Ladeira

O Dr. Luiz Otávio Ladeira é  médico pediatra formado na UNIARA, com registro no Conselho Regional de Medicina 156.935.
Atualmente atua em Araraquara (SP) e região, ajudando famílias no desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes.
Ele é conhecido nas redes sociais por levantar assuntos atuais e responder dúvidas de famílias e, principalmente, mães, que buscam mais informações para praticar a maternidade tranquila e responsável.

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