No dia 26 de agosto é celebrado o Dia Internacional da Igualdade Feminina. A data faz alusão à conquista do voto feminino nos Estados Unidos, com a publicação da 19ª emenda constitucional do país norte-americano, em 1920.
Para Cristina Boner, empresária e profissional da área de tecnologia, esta é uma data crucial para a reflexão e mobilização em torno das questões de gênero. “Sua relevância está no fato de que ele oferece uma oportunidade para aumentar a conscientização sobre as desigualdades ainda existentes e para promover a necessidade contínua de mudanças”.
Cristina acredita também que o Dia Internacional da Igualdade Feminina também pode ajudar a destacar histórias de mulheres que têm liderado a luta por igualdade, oferecendo exemplos inspiradores e fortalecendo as redes de apoio e solidariedade entre mulheres de todo o mundo. “Essa visibilidade e reconhecimento são fundamentais para o empoderamento, pois incentivam mais mulheres a se envolverem e a acreditarem em seu próprio poder de fazer a diferença”, destaca.
No entanto, ainda falta muito para que haja uma paridade de gêneros, e quem afirma isso é o Fórum Econômico Mundial. Segundo o Índice Global de Disparidade de Gênero 2024, publicado em junho, o mundo levará 134 anos – aproximadamente cinco gerações – para alcançar a paridade total.
A disparidade de gênero na política
A conquista das mulheres norte-americanas influenciou a participação feminina na política em outros países. No Brasil, por exemplo, o voto feminino foi aprovado pouco mais de dez anos depois, com o Código Eleitoral de 1932.
Ainda segundo o estudo sobre a Disparidade de Gênero, é justamente a política que mais impacta o índice, pois é a maior lacuna. O relatório aponta que, embora as mulheres ainda não tenham facilidade no acesso a altos cargos, a representação feminina aumentou globalmente.
Nos últimos 50 anos, quase metade (47,2%) das economias rastreadas pelo índice tiveram pelo menos uma mulher em cargos políticos de alto escalão. Além disso, a paridade de gênero na representação parlamentar atingiu um recorde de 33% em 2024, quase dobrando desde 2006 (18,8%).
Assim, a empresária acredita que o Dia Internacional da Igualdade Feminina “serve como um lembrete poderoso de que a igualdade de gênero não é apenas uma questão de justiça social, mas também de desenvolvimento econômico e social. Sociedades que promovem a igualdade de gênero tendem a ser mais justas, prósperas e pacíficas”.
A equidade de gênero no Brasil
Hoje, o Brasil ocupa a 70ª posição no índice de 2024, com 71,6% da lacuna de disparidade de gênero fechada. A participação feminina na força de trabalho aumentou em 0,7%, fechando em 72,6%. Além disso, a igualdade econômica ficou em 66,7%. E em relação à paridade política, o país registrou uma pontuação de 22%, abaixo dos 26,3% de 2023.
Boner reforça que a busca pela igualdade de gênero não é responsabilidade apenas das mulheres, e que a participação masculina é fundamental nesse processo. “O Dia Internacional da Igualdade Feminina também deve ser visto como uma oportunidade para engajar homens e meninos na luta contra o machismo e a favor de uma sociedade mais igualitária”.
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