De acordo com o Statista, somente no Brasil, estima-se que o faturamento do comércio de produtos esportivos chegue a US$ 189,1 milhões até o fim de 2024. Isso representa um aumento de cerca de 14% em relação ao ano anterior. De forma global, o mercado de equipamentos esportivos tem um volume projetado de US$ 22,2 bilhões em 2024, com a maior parte dessa receita sendo gerada na China.
É importante destacar que o relatório considera itens e equipamentos utilizados em qualquer atividade esportiva, do futebol ou academia a caminhadas ao ar livre. Isso inclui vestuário, calçados, acessórios e equipamentos para várias atividades esportivas, como basquete, tênis, golfe e outros.
Para Igor Santos, CEO Keep Running, tanto a prática esportiva quanto a busca pela saúde são tendências mundiais. “As pessoas entenderam que a longevidade e o bem-estar, principalmente na velhice, vem aliados à prática do esporte”. As tendências de crescimento do segmento esportivo, para ele, reforçam essa opinião.
Um setor em crescimento
“A prática esportiva vem crescendo ao longo dos anos, então essa é uma tendência que não começou agora e vai seguir nesse caminho”, ressalta Igor.
O futuro do segmento é bastante otimista. Ainda conforme o relatório do Statista, estima-se que até 2029 o mercado apresente uma taxa de crescimento anual de 11,94% no Brasil, com um um volume de mercado projetado de US$ 332,30 milhões. O número de usuários deste tipo de equipamento deve chegar a 56,8 milhões de pessoas que, por sua vez, devem gerar uma receita média per capita de US$ 4,64.
Diante desses dados, o CEO explica que “o [aumento do] mercado de produtos esportivos vem junto porque ele entrega resultados para as pessoas que estão nessa busca, entrega na questão da qualidade da prática do esporte e também na performance do esportista”.
Nem tudo são medalhas de ouro
Apesar das projeções de mercado favoráveis, o setor de equipamentos esportivos vem enfrentando grandes desafios no Brasil. E um dos maiores é a flutuação cambial. “O dólar tem oscilado muito, o que afeta quem trabalha com importação, já que os preços acompanham o mercado e o salário do consumidor não aumenta de forma proporcional”, analisa o empresário.
Os altos custos do país e a dificuldade de empreender também dificultam a expansão do setor. Igor Santos também aponta o aumento da busca por bons produtos. Para ele, a demanda está cada vez mais criteriosa, então, é preciso que os itens oferecidos tenham cada vez mais valor. “Desta forma, a concorrência aumenta pela qualidade. Então acredito que os fornecedores precisam entregar cada vez mais qualidade para o consumidor”, finaliza.