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Cachoeiro de Itapemirim

Especialistas falam como proteger adultos e crianças de doenças respiratórias no outono

Além da vacinação em dia, pequenos hábitos podem ajudar a evitar o agravamento de síndromes típicas da estação.

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É só o outono chegar que algumas doenças respiratórias, inflamatórias e alérgicas aparecem. Entre as mais comuns estão rinites, sinusites, gripes, resfriados, pneumonias e otites. Mas será que existem formas de prevenção? Médicos especialistas falam que há como prevenir ou, pelo menos, amenizar a intensidade no caso de alguma contaminação.

Se há algo que foi possível aprender com a pandemia do Covid-19 foi que o uso de máscaras, evitar locais com grande aglomeração e redobrar os cuidados com a higiene pessoal são formas de se prevenir doenças respiratórias. O sistema Infogripe, da Fiocruz, provou isso em 2020: a ocorrência deste tipo de doença caiu em mais de 70% e o percentual de internações pediátricas reduziu 80%.

O pneumologista da Unimed Sul Capixaba, Leandro Baptista, explica que o aumento de casos se dá por um conjunto de fatores, que vão desde a irritação das vias respiratórias, por conta da baixa umidade do ar, que fica seco e com variações de temperatura do tempo, até hábitos ou predisposição.

“Pessoas que já têm episódios de asma, de doença pulmonar obstrutiva crônica e também hipertensos, diabéticos, portadores de insuficiência cardíaca ou está em tratamento oncológico têm mais chances de desenvolver formas mais graves de síndromes gripais. Por isso, é preciso  ficar atento aos sintomas desde o início, para que seja possível tratar antes de piorar”, recomenda.

Segundo ele, como essas doenças crônicas não têm tratamento, mas sim controle, as pessoas devem se atentar a pequenas atitudes que ajudam na prevenção, como evitar locais ou objetos empoeirados ou com mofo, usar umidificadores de ambientes, manter um padrão de vida saudável, evitar aglomerações e fazer a vacinação preventiva.

“A vacina anti-influenza é importantíssima para todos os grupos, principalmente para as pessoas acima de 60 anos ou com alguma comorbidade, porque ela protege das formas graves e das complicações das síndromes gripais. A vacina não tem grandes efeitos colaterais, é segura e oferece uma grande proteção para o paciente e para a sua família. Sem a prevenção, o paciente pode evoluir para quadros de pneumonia, de sinusite ou traqueobronquite”, explica.

Os sintomas leves das síndromes gripais são coriza, obstrução nasal, dor de cabeça, dor muscular, febre e tosse seca ou com secreção clara. Estes  pacientes podem buscar atendimento médico em teleconsultas, evitando a exposição deles e de outras pessoas aos vírus. Quando a febre for recorrente por mais de cinco dias e a pessoa estiver sem apetite e prostrada, o ideal é uma nova avaliação médica.

Atenção às crianças

Se para adultos as síndromes gripais são constantes nessa época, para as crianças, que estão com a imunidade em desenvolvimento, o cuidado deve ser redobrado. Para a pediatra e diretora de Recursos Próprios da Unimed Sul Capixaba, Grazielle Grillo, é fundamental que as consultas com o pediatra de rotina da criança estejam em dia, para que ela possa estar bem assistida, evitando complicações.

“Além da vacinação em dia, caso a criança tenha medicações de controle de doenças indicadas pelo pediatra ou por outro especialista que a acompanha, elas precisam ser feitas rotineiramente. Isso evita que as doenças virais piorem quadros que poderiam ser resolvidos com mais facilidade”, explica Grazielle.

A pediatra também cita que questões importantes para a prevenção são: a lavagem nasal com soro fisiológico; lavagem constante das mãos, principalmente após brincadeiras em parquinhos ou areia, e antes de se alimentar; evitar tapetes e pelúcias; e não levar uma criança com sintomas gripais para creche ou escola.

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