Connect with us

Artigo

A trajetória do Cantor, que Encantou, e hoje completou 82 anos, o terrível que sempre será inesquecível – O Cara

Published

on

Desabafo, Emoções, Amigo, e Minha Fama de Mau, esse é o Rei mais popular do Brasil: ROBERTO CARLOS

Show de Roberto Carlos no encerramento da Olimpíada do Exército, no Ginásio do Grêmio, em maio de 1972. | Lamas / Agencia RBS

Completando 82 anos nesta Roberto Carlos (19), Roberto Carlos sempre compartilhou um pouco de sua história em suas músicas. Seja sobre familiares — mãe, pai ou tia —, seja sobre seus amores e desamores, ou seja até sobre traumas pessoais. O Rei apresenta fragmentos sobre sua vida e personagens que o marcaram em algumas canções que compôs com seu eterno parceiro Erasmo Carlos — que é lembrado em Amigo.

Erasmo Carlos: biógrafo de Roberto destaca parcerias – 22/11/2022 – Celebridades – F5

A seguir, confira algumas músicas de Roberto Carlos que contam a história do cantor.

“Traumas” e “O Divã”

Duas canções de Roberto Carlos que fazem referência à infância do cantor. Integrando o disco de 1971, Traumas expõe um período difícil da vida do artista, no qual ele sofria após o acidente que o deixou sem a perna direita aos seis anos. Na ocasião, o pequeno Zunga (apelido de Roberto quando era criança) brincava perto dos trilhos que passava por sua cidade natal, Cachoeiro do Itapemirim (ES), quando foi atingido por um trem.

“Meu pai um dia me falou/ Pra que eu nunca mentisse/ Mas ele também se esqueceu/ De me dizer a verdade/ Da realidade do mundo/ Que eu ia saber/ Dos traumas que a gente só sente/ Depois de crescer/ Falou dos anjos que eu conheci/ No delírio da febre que ardia/ No meu pequeno corpo que sofria/ Sem nada entender”.

Em, O Divã, que saiu no disco de 1972, Roberto aprofunda mais as suas memórias da infância. Primeiro, ele relata como era sua vida na época:

“Minha casa era modesta mas/ Eu estava seguro/ Não tinha medo de nada/ Não tinha medo de escuro/ Não temia trovoada/ Meus irmãos à minha volta/ E o meu pai sempre de volta/ Trazia o suor no rosto/ Nenhum dinheiro no bolso”.

Em seguida, Roberto recorda o acidente:

“Relembro bem a festa, o apito/ E na multidão um grito/ O sangue no linho branco/ A paz de quem carregava/ Em seus braços quem chorava/ E no céu ainda olhava/ E encontrava a esperança/ De um dia tão distante/ Pelo menos por instantes/ Encontrar a paz sonhada”.

Curiosamente, o título, O Divã inspirou o nome do zagueiro Odvan, ex-jogador que fez história no Vasco entre meados dos anos 1990 e começo dos anos 2000.

“Lady Laura”

Nesta faixa do disco de 1978, o Rei homenageia diretamente a sua mãe, Laura Moreira Braga (1914 — 2010). Em Lady Laura, ele canta:

“Tenho às vezes vontade de ser/ Novamente um menino/ E na hora do meu desespero/ Gritar por você/ Te pedir que me abrace/ E me leve de volta pra casa/ Que me conte uma história bonita/ E me faça dormir/ Só queria ouvir sua voz/ Me dizendo sorrindo:/ Aproveite o seu tempo/ Você ainda é um menino/ Apesar da distância e do tempo/ Eu não posso esconder/ Tudo isso eu às vezes preciso/ Escutar de você”.

“MEU PEQUENO CACHOEIRO”

Meu Pequeno Cachoeiro”, música do compositor e cantor Raul Sampaio Cocco, divulgada por Roberto Carlos, apresenta a relação afetiva entre o cachoeirense e seu espaço de origem. Marca forte de identidade local, foi declarada, oficialmente, Hino da Cidade de Cachoeiro de Itapemirim, por meio da lei municipal n° 1072/66, em 28 de julho de 1966.

O cantor Roberto Carlos escreveu em uma rede social sobre a morte de Raul Sampaio, compositor de “Meu Pequeno Cachoeiro”, hit na voz do Rei. Raul morreu em Janeiro de 2022.

“Meu querido, Meu Velho, Meu Amigo”

No disco seguinte, em 1979, foi a vez de Roberto Carlos cantar sobre seu pai. No entanto, Robertino Braga morreria pouco depois da homenagem, em 27 de janeiro de 1980, aos 84 anos. Na letra, o Rei descreve:

“Esses seus cabelos brancos, bonitos/ Esse olhar cansado, profundo/ Me dizendo coisas num grito/ Me ensinando tanto do mundo/ E esses passos lentos de agora/ Caminhando sempre comigo/ Já correram tanto na vida/ Meu querido, meu velho, meu amigo/ Sua vida cheia de histórias/ E essas rugas marcadas pelo tempo/ Lembranças de antigas vitórias/ Ou lágrimas choradas ao vento/ Sua voz macia me acalma/ E me diz muito mais do que eu digo/ Me calando fundo na alma”.

MEU AMIGO (O ETERNO TREMENDÃO)]

presente no álbum de 1977, é uma homenagem explícita do Rei ao seu parceiro de composições, Erasmo Carlos. Roberto começou a compor esta faixa em segredo. Ele apresentou a música ao Tremendão durante um jantar, que chorou copiosamente. Em sua autobiografia Minha Fama de Mau, Erasmo relatou: “Minhas lágrimas vieram com uma abundância de fazer inveja ao mar de Ipanema“. A letra expressava também tudo o que ele gostaria de dizer a Roberto.

“Você meu amigo de fé, meu irmão camarada/ Amigo de tantos caminhos e tantas jornadas/ Cabeça de homem mas o coração de menino/ Aquele que está do meu lado em qualquer caminhada/ Me lembro de todas as lutas, meu bom companheiro/ Você tantas vezes provou que é um grande guerreiro”.

“Quero Que Vá Tudo Pro Inferno”

Gravada e lançada no disco Jovem Guarda (1965), é inspirada em sua então namorada, Magda Fonseca. Ela tinha ido para os Estados Unidos para fazer um curso de inglês. Embora tentassem manter o relacionamento a distância, os dois iam se afastando aos poucos um do outro. Em um momento de inconformismo, enquanto estava em uma sala de cinema, o jovem cantor foi rascunhar em um papel a letra de Quero Que Vá Tudo Pro Inferno. No desabafo da canção, ele expressa a saudade que sentida da namorada e que nada mais importava naquele momento.

“De que vale a minha boa vida de playboy/ Se entro no meu carro e a solidão me dói/ Onde quer que eu ande tudo é tão triste/ Não me interessa o que de mais existe/ Quero que você me aqueça nesse inverno/ E que tudo mais vá pro inferno”.

Roberto também escreveu, A Volta para Magda, que seria gravada primeiro pelo grupo Os Vips, dizendo o seguinte: “Estou guardando o que há de bom em mim / Para lhe dar quando você chegar”.

Sobre a fama

Em mais de uma ocasião, Roberto desabafou em suas letras sobre as críticas e pressões que sofria com a fama. Em Querem Acabar Comigo, de seu disco de 1966, ele canta:

“Querem acabar comigo/ Nem eu mesmo sei porque/ Enquanto eu tiver você aqui/ Ninguém poderá me destruir/ Querem acabar comigo/ Isso eu não vou deixar”.

DITADURA MILITAR

Debaixo dos Caracóis dos seus Cabelos é uma das canções de maior sucesso de Roberto Carlos. Disfarçada de canção de amor, a música foi feita na verdade para homenagear Caetano Veloso, que estava exilado em Londres durante a ditadura militar.

No disco de 1976, já em sua fase de “latin lover”, Roberto traria um desabafo ainda mais explícito em Ilegal, Imoral ou Engorda:

“Vivo condenado a fazer o que não quero/ De tão bem comportado às vezes eu me desespero/ Se faço alguma coisa sempre alguém vem me dizer/ Que isso ou aquilo não se deve fazer/ Restam meus botões, já não sei mais o que é certo/ E como vou saber o que devo fazer/ Que culpa tenho eu, me diga amigo meu/ Será que tudo o que eu gosto/ É ilegal, é imoral ou engorda”.

Maria Rita

Após o término de seu relacionamento com Myrian, Roberto engatou o romance com Maria Rita em 1990 (aliás, o disco daquele ano traz canções inspiradas no rompimento com a atriz). O cantor se casaria com a nova amada, porém a morte os separou em 1999: ela sucumbiu ao câncer, aos 38 anos.

Roberto era extremamente apaixonado por Maria Rita. Depois da perda, ele dedicaria dois discos a ela: Amor Sem Limite (200o) e Pra Sempre (2003). São dois álbuns que, na maioria das faixas, Roberto canta sobre um amor incondicional, devoto e infinito, em faixas como Eu Te Amo Tanto, O Grude (Um Do Outro), O Amor É Mais, além das próprias músicas que dão título a cada álbum.

Em, O Grande Amor da Minha Vida, Roberto repassa sua trajetória com Maria Rita: “A primeira vez em que eu te vi/ Eu nunca me esqueci daquele dia/ Tão cheio de ternura e de alegria/ Começava o nosso grande amor”

É IMPOSSÍVEL RESUMIR ROBERTO CALOS | CARÍSMATICO

RELIGIOSO

GALANTEADOR

CARA DO BEM! ROCK AND ROLL!

POR QUE NÃO ETERNO!

PARABÉNS ROBERTO CARLOS, O BRASIL TE AMA!

Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

As Mais Destacadas